quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sobre o show de Angra e Soulfly em Fortaleza

O blog Conspiração Nordestina destacou uma equipe até a capital Fortaleza no último fim de semana (24) para curtir o show de reunião de 20 anos do Angra e a apresentação inédita nestas terras da banda Soulfly com o seu audaz frontman, paladino do metal Max Cavalera. Uma mega apresentação que contou ainda com a abertura das bandas A Trigger to Forget, Sign Of Hate e Prowler, fazendo covers do Iron Maiden pra aquecer a galera.

Fabio Lione e Rafael Bittencourt
O Angra que pela primeira vez dispusera da voz do italiano e líder do Rhapsody of Fire Fabio Lione fez uma apresentação impecável e bastante interativa com o público. O afamado cantor usou de toda a sua desenvoltura para balbuciar algumas palavras em português com seu sotaque macarrônico regado a vinho, todavia preferiu misturar com algumas sentenças de sua língua madre e de outra americana em uma tentativa de provar que o fascismo de seu compatriota Mussolini já fora esquecido e que hoje em dia é como o poeta Latido mesmo disse "é tudo junto e misturado". Particularmente não sou grande fã do Angra, mas a performance ao vivo da banda me surpreendeu e recomendo a qualquer mortal que aprecie pelo menos uma vez, desta destaco a canção The Voice Commanding You que foi uma das que mais agitaram.

Mark Rizzi, Kanky Lora, Max Cavalera e Tony Campos

Apesar da belíssima desenvoltura do quinteto de Rafael Bittencourt, Kiko Loureiro, Felipe Andreoli, Ricardo Confessori e do próprio Lione, os fãs já estavam ansiosos para a aparição da principal atração, a lenda Max Cavalera que atraíra uma legião de ferozes admiradores inclusive de Estados vizinhos para vê-lo. Já dava pra sentir a presença do homem por ali uma vez que podia-se avistar alguns sinais típicos dele como a bandeira do Brasil estendida sobre um amplificador e a característica guitarra camuflada encostada em um dos cantos do palco.

Sem muita cerimônia entrou no palco executando Plata o Plomo do último cd Enslaved, ainda atordoado com as pancadas no coco que tomei neste espetáculo, até a alguns dias atrás eu poderia jurar que a primeira música havia sido Profecy, foi incrível como subitamente triplicou o número de pessoas naquele espaço, mosh-pits furiosos abriram-se no recinto engolindo os incautos que ébrios de admiração contemplavam a banda cumprir com sua missão, pagando todos os apreciadores do gênero com uma excelente exibição que incluía clássicos do Sepultura como Territory, Refuse Resist, Attitude e Roots Bloody Roots. Maldito seja quem perdeu esse show.

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